O crânio humano, localiza-se sobre o extremo superior da coluna vertebral e é dividido em duas partes:
- Ossos cranianos: 8 ossos
- Ossos faciais: 14 ossos
Ossos cranianos
Os ossos cranianos são divididos entre calota (calvário) e base. Cada uma dessas duas áreas écomposto de quatro ossos.
Calota
1. Frontal2. Parietal direito
3. Parietal esquerdo
4. Occipital
Base
5. Temporal direito6. Temporal esquerdo
7. Esfenoide
8. Etmoide
Os oitos ossos que formam a calota e a base do crânio são demonstrados na figura 1 e figura 2, sob as perspectivas frontal, perfil e superior. Esses ossos são unidos, em um adulto, para formar um invólucro de proteção para o cérebro. Cada um desses ossos é demonstrado e descrito individualmente mais adiante.
Figura 1. Crânio – Vista frontal e perfil. |
Figura 2. Crânio – Vista superior. |
Osso Frontal
O osso frontal, contribui para a formação da testa e da parte superior de cada órbita. Consiste em duas partes principais: a porção escamosa (que constitui a testa) e a porção orbital (que constitui a parte superior da órbita).Porção escamosa
A glabela é a proeminência lisa, alçada entre as sobrancelhas, bem acima da ponte do nariz. (figura 3).
O sulco supraorbital (SSO) é a ligeira elevação acima de cada sobrancelha. Este local se torna um ponto de referência importante, porque corresponde à base da fossa anterior calota craniana, que também está no nível da placa orbital ou no nível mais alto da massa dos ossos faciais (figura 4).
Cada órbita possuem uma margem supraorbital (MSO). O forame supraorbital (fenda) é uma pequena abertura, dentro da MSO, ligeiramente medial a seu ponto médio (figura 4). O nervo e a artéria supraorbitais passam por essa pequena abertura.
Em cada lado da porção escamosa do osso frontal, acima da SSO (sulco supraorbital), a maior proeminência arredondada denomina-se tubérculo frontal (figura 4).
Figura 3. Osso frontal – Visualização frontal e perfil. |
Figura 4. Posição orbital do osso frontal – Visualização inferior. |
Porção orbital
Na parte inferior (demonstrado na figura 4), consiste as MSOs (margem supraorbital), cristas (ou arcos) superciliares, glabela e tubérculos frontais.
A placa orbital de cada lado forma a parte superior de cada órbita. Abaixo dela, estão os ossos da face, e, acima, é a parte anterior da base da caixa do cérebro.
As placas orbitais são separadas entre si pela fenda etmoidal. O etmoide, um dos ossos da base do
crânio, encaixa-se nela.
crânio, encaixa-se nela.
O osso frontal articula-se com 4 ossos cranianos: parietal direito, parietal esquerdo, esfenoide e etmoide. Estes podem ser identificados nas imagens no angulo frontal, em perfil e em corte superior na figura 1 e figura 2. O osso frontal também se articula com 8 ossos faciais.
Ossos Parietais
Os ossos parietais direito e esquerdo são demonstrados na imagem de perfil e superior na figura 5. As paredes laterais do crânio e parte da calota são formadas por esses dois ossos. Os ossos parietais são aproximadamente quadrados e têm uma superfície interna côncava.
A parte mais extensa do crânio localiza-se os tubérculos parietais (eminências). O osso frontal é primariamente anterior aos parietais; o osso occipital é posterior; os ossos
temporais são inferiores; e as asas maiores do esfenoide são inferiores e anteriores.
Cada osso parietal articula-se com cinco ossos do crânio: frontal, occipital, temporal, esfenoide e parietal oposto.
Figura 5. Ossos parietais – Visualização em perfil e superior. |
Osso Occipital
A parte inferoposterior da calota craniana é formada por um único osso occipital. A superfície externa deste osso apresenta uma parte arredondada é chamada de porção escamosa. A região escamosa forma a maior parte posterior do crânio e é a parte do osso occipital que fica acima da protuberância occipital externa, ou ínion, que é o inchaço proeminente na parte inferoposterior do crânio.A grande abertura na base do osso occipital, passa a medula espinal e chama-se forame magno (figura 2 e figura 6).
As duas articulações condilares laterais (côndilo occipital) são sistemas ovais com
superfícies convexas, com uma em cada lado do forame magno. Estas se articulam com depressões na
primeira vértebra cervical, chamada de atlas. Esta articulação de duas partes entre o crânio e a coluna
cervical chama-se conjunto atlantoccipital.
superfícies convexas, com uma em cada lado do forame magno. Estas se articulam com depressões na
primeira vértebra cervical, chamada de atlas. Esta articulação de duas partes entre o crânio e a coluna
cervical chama-se conjunto atlantoccipital.
O osso occipital articula-se com 6 ossos: 2 parietais, 2 temporais, esfenoide e atlas (primeira
vértebra cervical).
vértebra cervical).
Figura 6. Osso occipital – Visualização inferior. |
Ossos Temporais
Os ossos temporais direito e esquerdo são estruturas complexas que abrigam os delicados órgãos daaudição e do equilíbrio. Como demonstrado na figura 7 em perfil, o osso temporal esquerdo está situado entre a asa maior do esfenoide, anteriormente, e o osso occipital, posteriormente.
Na parte escamosa do osso temporal, está localizado um arco de osso, chamado de arco zigomático. Inferior ao arco zigomático, localiza-se o meato acústico externo (MAE). Abaixo localiza-se a fossa temporomandibular (TM), em que a mandíbula se encaixa para formar a articulação temporomandibular (ATM).
Abaixo da mandíbula e anterior ao meato acústico externo, está uma incidência óssea delgada chamada de processo estiloide.
Cada osso temporal é dividido em três partes (figura 8):
- Escamosa: Parte fina superior que forma uma parte da parede da caixa craniana, é muito fina e é a mais vulnerável à fratura de todo o crânio.
- Mastóidea: Área posterior ao MAE , com um processo mastoide proeminente, ou o ápice.
- Petrosa: Parte densa que também se chama pirâmide petrosa, ou parte petrosa. Abriga os órgãos da audição e equilíbrio, incluindo as células aéreas da mastoide.
Perto do centro da pirâmide petrosa, acima do forame jugular, dispõe uma abertura ou orifício chamado meato acústico interno (MAI), que serve para transmitir os nervos de audição e equilíbrio.
Cada osso temporal articula-se com três ossos cranianos: parietal, occipital e esfenoide. (Cada osso
temporal também se articula com dois ossos faciais.).
Figura 9. Ossos temporais – vista superior. |
Osso Esfenoide
O osso esfenoide, localiza-se centralmente no crânio, funciona como uma espécie de âncora para todos os oito ossos cranianos. O seio esfenoidal localiza-se na parte central do osso e é referencia da linha média da base do crânio, como está mais bem representado na figura 10 no corte sagital.Figura 10. Osso Esfenoide e Etmoide - Corte Sagital. |
A parte central do osso é denominada de sela túrcica, o seu nome deriva de palavras que significam “sela turca”. A sela túrcica rodeia parcialmente e protege uma importante glândula do corpo, a hipófise cerebral, ou glândula pituitária. Na parte posterior à sela túrcica, está localizado o dorso da sela (figura 11).
O clivo é uma cavidade rasa que começa do lado inferoposterior no dorso da sela do osso esfenoide e
estende-se posteriormente até o forame magno, na base do osso occipital (figura 11 e figura 12). Esta área é ligeiramente desnivelada, formando uma base de apoio para o tronco cerebral (uma parte do tronco cerebral) e a artéria basilar.
Figura 11. Sela túrcica do osso esfenoide – vista em perfil. |
Figura 12. Osso esfenoide – vista superior. |
Lateralmente ao corpo, existem dois pares de asas. O par menor (denominado de asas menores), é triangular e quase horizontal. Sua espessura terminando medialmente nos dois processos
clinoides anteriores. Projetam-se lateralmente, partindo da porção superoanterior do corpo, e se
estendem até, aproximadamente, o meio de cada órbita. As asas maiores prolongam-se lateralmente,
partindo dos lados do corpo, e formam uma parte da base e dos lados do crânio.
Existem três pares de pequenas aberturas, ou forames, nas asas maiores, para a passagem de certos
nervos cranianos (Fig. 11-14). As lesões que podem causar a erosão destes forames podem ser
detectadas radiograficamente. O forame redondo e o forame oval são vistos como pequenas aberturas
nas imagens de perspectiva superior e oblíqua (Figs. 11-14 e 11-15). A localização do par de pequenos e
arredondados forames espinhosos também é visualizada na imagem de perspectiva superior (Fig. 11-
14).